Mc Marcelly em DVD
Mc Marcelly em DVD
Nascida e criada no Complexo do Alemão, Marcelly Almoaya, a MC Marcelly,19 anos, já desfruta do retorno de seus refrões como “bota com raiva”, “faz gostoso”, “ ou ainda “bota um chip na minha x...”. A funkeira é cheia de atitude e está doida para dar seu primeiro DVD, que não tem preço. Registro de apresentação no Espírito Santo, o produto vai ser usado apenas para a divulgação da funkeira, oferecido de graça aos fãs, em shows ou promoções pela Internet.
“O projeto inicial era filmar aqui no Rio. Queria que fosse na minha comunidade, no Complexo do Alemão, mas foi logo após a pacificação e não deu para fazer na ocasião. Aí rolou um convite para gravar em Vitória, onde tenho um público muito caloroso”, explica Marcelly, que agora leva sua ‘mensagem’ Brasil afora a bordo do veículo customizado.
Hoje moradora da Barra da Tijuca, garante que não esquece as raízes. “Tenho vários amigos lá, minha mãe ainda mora nas proximidades e sempre que tem baile eu vou. Prefiro não comentar muito sobre a ocupação, mas deve ser uma coisa importante para o Rio”, desconversa.
Foi nas vielas do Complexo do Alemão que Marcelly despertou para a carreira artística, incentivada pela família e pelo empresário e marido, Frank, com quem sonha se casar na igreja e ter filhos. Fora do palco a Mc se diz ‘superfamília’, ao contrário das letras que canta nos bailes. Por conta dessas músicas, ela conta que já teve muitos problemas.
“Muita gente ainda tem preconceito, mas tento levar da melhor maneira possível. Meu trabalho está crescendo, arrastando cada vez mais gente para os shows, e o movimento do funk está conseguindo quebrar isso”.
Marcelly faz shows em diversas cidades do País, mas, para viabilizar as viagens, ela e sua equipe optaram em seguir por terra. É bem desconfortável andar quilômetros e mais quilômetros dentro de uma van. “São muitas horas viajando, então eu pensei em uma coisa confortável e que fosse a minha cara. Adoro cor-de-rosa e bichos de pelúcia, coloquei até sofá e frigobar.
“Dá para distrair e não sentir tanto o cansaço”, Revela Marcelly.
A van serve também como camarim ultrapersonalizado para a funkeira: “Os fãs adoram, principalmente as meninas, que piram quando veem tudo rosa. Eu perco as atenções para a van”.
Fonte: Jornal O Dia - 16 de Abril de 2012